sábado, 6 de dezembro de 2008

AUTOTELIA

O percurso vital é um poema feliz em que o sonho, o real, o mitológico, o racional, magicamente se misturam. O produto, com mais ou menos cor, perfume, encanto ou desencanto, é sempre algo de maravilhoso. Ideias e sentimentos renovam-se num devir permanente a caminho da velhice, ela própria seduzida pela memória, pelo requinte da experiência.
A linha da vida, intrinsecamente concebida a prazo, é por isso intensa, deliciosa, sublime. Salva-a de tédio insustentável aquilo que lhe é inerente: a morte. Esta está longe de ser um esqueleto horrível e tenebroso. É antes mulher belíssima, irresistível amante, mãe extremosa.
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José Pereira da Graça 29/11/2008
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