terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Poema de uma amiga

DIÁSPORA LUSITANA A esperança é o facho que conduz na noite escura de tantas incertezasa busca de trabalho em outras terraspela aguerrida gente portuguesa... Velas ao vento...No mastro o enorme panoé o motor a conduzir veloza diáspora do povo lusitano... Nobres heróis do mar, não teme o povo eleito.Só chora a pátria-mãenão tê-los em seu peito. Porém, dura é sempre a vida ao pobre passarinhoque cruel tempestade derrubou do ninho. Porque o lusitano que se fez ao mare em outras terras vive,só de saudades o espírito alimenta,só do trabalho é que ele sobrevive. Alguns os sonhos perdemao longo dos caminhos,nas batalhas travadas, entre abrolhos e espinhos... A outros, mais felizes,que a vida abençoou,a sorte lhes sorriu, E bens amealhou. Mas onde quer que esteja,e como se encontrar,o seu amor é tanto que o torna sempremais português do que morando lá...
E a diáspora a que foi obrigadopor acasos da vida, que as vezes não tem jeito,não mata nunca o enorme amor à Pátria,nem diminui a dor que ele traz no peito.E assim, chora em silêncio,e a causa do seu malé somente a saudadeque tem de Portugal.

Gracilene Pinto

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