segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Poerma para Fausto

POEMA PARA FAUSTO
De: Alexandra Helena Gonçalves

Foi no nascer da aurora, quando havia,
Nos desvãos da alma humana, tão sutis,
Os anseios ardentes da magia,
Que Fausto criou seus sonhos juvenis.

Tornou-se um mago ansioso de poder.
O saber cada vez mais, era sua ilusão.
E esse sonho incontido veio a ser
Toda a causa da sua danação.

Sua busca do progresso desmedido,
Apaixonado, sem rédeas, sem pudores,
Que leva Fausto, douto e incontido,
Ao inferno da ciência má e dos horrores.

Na ânsia louca de um saber pungente,
Que o elevasse mais, além fronteiras,
Fez o pacto letal e inclemente,
Em sua busca fatal e derradeira.

A pena, o próprio sangue a irriga.
Em oferta, a alma ausente de virtude.
Sem vacilar assina o trato que lhe tira a vida,
Em troca da quase eterna juventude.

À Mefistófeles, o inimigo da luz,
A sua alma entrega, calmo e frio,
Construindo com suas próprias mãos a cruz
Na qual vivenciaria seu martírio.

Em sarabanda louca, dança a louca dança,
Dos espíritos e demônios indomáveis.
Em troca do prazer: a alegria de criança
E todas as virtudes, do poder na ânsia insaciável.

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