domingo, 14 de dezembro de 2008

Quando um homem quiser

Tu que dormes a noite na calçada de relentoNuma cama de chuva com lençóis feitos de ventoTu que tens o Natal da solidão, do sofrimentoÉs meu irmão amigoÉs meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúmeNuma cama de raiva com lençóis feitos de lumeE sofres o Natal da solidão sem um queixumeÉs meu irmão amigoÉs meu irmão
Natal é em DezembroMas em Maio pode serNatal é em SetembroÉ quando um homem quiserNatal é quando nasce uma vida a amanhecerNatal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
Tu que inventas ternura e brinquedos para darTu que inventas bonecas e comboios de luarE mentes ao teu filho por não os poderes comprarÉs meu irmão amigoÉs meu irmão
E tu que vês na montra a tua fome que eu não seiFatias de tristeza em cada alegre bolo reiPões um sabor amargo em cada doce que eu compreiÉs meu irmão amigoÉs meu irmão
Natal é em DezembroMas em Maio pode serNatal é em SetembroÉ quando um homem quiserNatal é quando nasce uma vida a amanhecerNatal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.
Ary dos Santos

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