Ora nevava ora chovia...ora chovia ora nevava

Nunca tal tinha visto

dizia com emoção,

descrevendo o que

pela vidraça vira

com magia e admiração:

uns minutos chovia

outros tantos nevava

parecia brincadeira

das nuvens saturadas.

(oscilação de temperatura

brusca e aos bocados

na manhã menos fria

naquela cidade distante.)

Mas a senhora dizia:

-acho que gostava de ver

pena que está longe...

e repetia com alegria

sentida na voz...

-que coisa maravilhosa

nevava e a neve pegava,

chovia e então derretia

mas voltava a nevar e

a neve a pegar,

já sem gelo como ontem

que dava para escorregar;

foi um perigo...

Mas hoje nem queira saber

o que perdeu por este

chove e neva, neva a chove

não puder ver...

(Gostava de sentir também

"In loco "com a minha digital.)

A chuva parece que ganhou

neve pouca já ficou...

e somente nos telhados,

assim finalizou

a conversa telefónica

com uma brigantina.

...........

M. Teresa Fernandes( TERE)