sábado, 28 de fevereiro de 2009

Voz e Aroma, poema de Almeida Garret

"A brisa vaga no prado,
Perfume nem voz não tem;
Quem canta é o ramo agitado,
O aroma é da flor que vem.
.
A mim, tornem-me essas flores
Que uma a uma vi murchar,
Restituam-me os verdores
Aos ramos que eu vi secar…
.
E em torrentes de harmonia
Minha alma se exalará,
Esta alma que muda e fria
Nem sabe se existe já.
.
Almeida Garret

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