sábado, 21 de novembro de 2009

De Eugénio de Andrade

"Passamos pelas coisas sem as ver, gastos,
como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos."
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"Procura a maravilha.
Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.
No brilho redondo
e jovem dos joelhos.
Na noite inclinadade melancolia.
Procura.
Procura a maravilha."

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