terça-feira, 3 de novembro de 2009

TEATRO DA SOLIDAO

É difícil estar só, com tanta gente
Que ao nosso lado aumenta a solidão!
Saber que estar só é ser diferente,
É ser apenas um na multidão!

É difícil sentir que, de repente,
Somos menos que um átomo: um neutrão,
Um fogacho de luz, um comburente
Do cosmos gigantesco em combustão.

Difícil é saber qual o papel
Que vamos na Vida interpretar
Na plateia que iremos enfrentar.

Buscamos no outro a sua pele,
Assumimos de um outro a dimensão
Pra ser o que não somos: Ilusão!

Setembro – Funchal 2006

FERNANDO PEIXOTO

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http://arcadeternura.blogspot.com/

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