terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Comboio a Vapor....( Prometido é devido!)

O Comboio a Vapor.

Sobre carris de ferro aparelhados, que a Natureza
Deu e o engenho transformou, cortando paisagens,
Lá ia e vinha, o comboio, (máquina a vapor e carruagens!),
Penosamente arrastando o Tempo, mas com nobreza!...


Cansado, velhinho até, cruzando planaltos com delicadeza,
Subindo vales, cortando rios, furando serras,
Transportando Almas, emoções, gentes das terras,
Que choram saudades do futuro, bagagens de incerteza!...


Janelas muitas espreitando campos, a noite e o dia!...
Olhos que te olham quando passas!... oh fantasia!...
Das linhas perspectivadas num ponto convergente,


Que se afasta, mais e mais, caminhando à frente!...
Naquele campo, ora acastanhado ora verdejante,
Marcando o Tempo, fantástico este relógio fumegante!!...


JoséAgostinhoFins

12/Junho/2005

3 comentários:

Joalex Henry disse...

Tere:
Este texto lindíssimo podia perfeitamente referir-se ao meu comboio que também furava montes, sulcava rios...
Mas o meu não é o comboio do Tua, trata-se do comboio do Ramal da Lousã, cuja linha foi desmontada com a promessa de que iam instalar um moderno sistema ferroviário e agora dizem que não pode ser, que não há dinheiro...
Apesar de tudo, ainda existe a esperança de que o comboio irá regressar à Linha. O povo encontra-se em luta!
Obrigado pelo fantástico soneto!
José Alexandre

João Paulo disse...

Joalex
Como autor do poema, devo agradecer-lhe o seu comentário. Obrigado. Desejo que o Comboio regresse aos seus carris e já agora que o País entre nos eixos!!.. Respeitosamente

TERE disse...

Obrigada a Joalex e ao autor do soneto, amigo brigantino pelos comentários. A J. P. agradeço o ter "cedido" para o blog o soneto, já que eu não o conhecia e gostei de o ler e recordar esse comboio...lento e mágico!

Amigo!
Como seria bom que o País não demore em "entrar nos eixos."