quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

UMA PALAVRA CHORAVA

Uma palavra chorava

por lhe tirarem o cê
fica mais pobre o projeto
e o arquiteto ficou mais simples
a olhar pro teto
a ver ir o pê
mudo como sempre
com ótimo aspeto.
E perentório tirou
o chapéu a um dos irmãos
como leem, veem
e de voo contente
o erre por ter mais atenção
de autorregozijo viu
segunda e janeiro
perderem estatuto
como santo e até senhor.
Que desorientação:
com ene pequeno o norte lá está
seja como for
para uns discreto
para outros deceção
vingaram-se no inverno
diminuiram o verão.
Mas o hifen caladinho
ali a um cantinho
porque ainda fica
por aí para confundir,
ha de vingar-se da desfeita
e gerar confusão:
cor-de-rosa sim
mas de burro a fugir não?
E o acento esquecido
já não dá confusão nem erro
afinal como é?
começámos a aula
ou começamos...

JM ( Jorge Marrão)
http://lameiricalameirona.blogspot.com/2009/10/lameirica-lameirona.html

2 comentários:

Unknown disse...

Desconhecia o "Lameirica"!
Foi muito bom conhecer, especialmente o poema sem acentuação do J.M..
Vou seguir... com gosto e até beber nessa fonte.
Bem haja.

TERE disse...

De nada Joe...obrigada eu por mais uma visita.

Trata-se de um conterrâneo meu , das origens e irmão de Zira Marrão.

Votos de bom fim de semana.