quinta-feira, 5 de maio de 2011

Não me importo com as rimas

Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior.

Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se o vento...


Alberto Caeiro

1 comentário:

Anónimo disse...

.....nunca me importei com as rimas, afinal tudo pode rimar, basta querer e por vezes nem sempre o querer é poder....
Ass: Anonimo