Murcharam por agora as nossas flores
Não soubemos adubá-las nem regar
Como num bosque só há silvas a trepar
Assim como podem florescer amores?
Por isso a vida, amor, não tem sentido.
Melhor será baixar o pano da cena
Deste drama que nos rouba a vida amena,
Por especularmos sempre o que tem sido.
Murcharam para sempre nossos ramos?
Não sei. Se o regador não vai regar…
Melhor será os ramos secos podar.
Por isso a vida, amor, oh! breves enganos!
Que se diluirão na imensidão dos anos
E na alegria de cada breve acordar.
Jorge Marrão
3 comentários:
Cuidar dos nossos jardins com amor,regando todos os dias. Assim as flores não vão morrer e nossa vida sempre estará enfeitada..beijos
Carlos Soares...cuidemos,pois.
Abraço.
ZIRA!
Obrigada por postares o poema do teu irmão Jorge, que eu tanto estimo.
Do poema também gostei.MUITO.
Para ele e para ti um carinhoso e caloroso abraço.
M. Teresa
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