segunda-feira, 6 de julho de 2009

Um Poeta

Sentir na imensidão do azul imaculado
todo frescor da aurora e a tarde em esplendor,
sentir-se divagar pelo céu constelado
banhando-se ao luar de místico palor...

Ouvir do mar sereno o coração velado
nas ondas a pulsar... E ouvir da rósea flor
a voz do seu perfume etéreo e delicado
e a tudo dedicar um verdadeiro amor...

Amar! Amar da vida as imortais venturas
e em sonho refulgir como astro nas alturas
querendo florir como florem as alfombras

e apenas ser poeta enaltecendo a vida
-esta longínqua perfeição inatingida-
e despertar a sós num pantanal em sombras.

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Ângela Eveline

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